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Ator Marcos Palmeira se destaca como produtor de queijo orgânico que já foi eleito o melhor do país

Entre Serras e Queijos - 2ª temporada EPTV Muitos fãs que veem Marcos Palmeira brilhando nas telas em novelas e filmes não têm ideia de que, nos bastidores,...

Ator Marcos Palmeira se destaca como produtor de queijo orgânico que já foi eleito o melhor do país
Ator Marcos Palmeira se destaca como produtor de queijo orgânico que já foi eleito o melhor do país (Foto: Reprodução)

Entre Serras e Queijos - 2ª temporada EPTV Muitos fãs que veem Marcos Palmeira brilhando nas telas em novelas e filmes não têm ideia de que, nos bastidores, o ator se dedica com afinco à produção de alimentos saudáveis e à preservação do meio ambiente. Em sua fazenda em Teresópolis (RJ), nas proximidades do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, ele produz verduras e queijo orgânico que já recebeu o prêmio de melhor do Brasil. A EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo, exibe neste mês de setembro o especial "Entre Serras e Queijos", sobre a história e as curiosidades da cultura queijeira. A segunda temporada do programa mostra viagens, tradições e premiações que demonstram por que o queijo é paixão nacional. Assista ao segundo episódio da 2ª temporada do Programa "Entre Serras e Queijos" A fazenda Vale das Palmeiras, de mais de 200 hectares, foi adquirida pelo ator há quase 30 anos. A propriedade tem certificação de produção orgânica desde 1997. Seu portfólio é composto por verduras, mel, chocolate, mas os laticínios são o destaque. Em 2022, o queijo minas frescal produzido na Vale das Palmeiras recebeu o prêmio ouro, concedido pelo Guia do Queijo, em um concurso que contou com mais de 120 participantes, de mais de 60 diferentes produtores de 18 estados brasileiros. O minas frescal é o carro-chefe da produção, mas a fazenda faz também os queijos minas padrão, tipo parmesão, ricota, cottage, além de iogurtes e manteiga. Ator Marcos Palmeira tem uma fazenda em Teresópolis (RJ) onde produz alimentos orgânicos Divulgação A escolha de Marcos Palmeiras pela produção de laticínios veio do sonho ligado às raízes de seu avô de produzir leite 100% orgânico e transformá-lo em derivados. O ator decidiu investir na produção orgânica após perceber que os agrotóxicos usados na agricultura convencional contaminavam os próprios agricultores. A constatação o motivou a adotar um modelo sustentável, unindo tradição familiar e consciência ambiental. “Para mim, é um mundo maravilhoso, mágico e que me dá uma resposta muito grande. É o prazer de você consumir uma coisa, seu filho consumir, seu bebê tomar um iogurte daqui, ficar com a cara toda melada e adorando, sabendo que é orgânico”, diz o ator. Queijo orgânico Ator Marcos Palmeira produz queijo orgânico em sua fazenda em Teresópolis (RJ) Reprodução redes sociais Atualmente, o laticínio da fazenda Vale das Palmeiras produz cerca de 5 mil peças do minas frescal por mês. A produção ocorre cinco vezes por semana, com leite de vacas criadas soltas e que se alimentam de pasto. “É nítido, que quando a gente começa a cuidar melhor da vaca, diminui as doenças, diminui os problemas, então vai ficando mais fácil. Se o foco for a vaca, cuidar bem dela, quando você vê, já está orgânico. Tem muita gente que acha que é impossível, mas se tiver o foco no animal, isso acontece”, afirma o veterinário Eduardo Machado da Silva Ferreira, gerente da fazenda. O leite produzido na fazenda não é suficiente para atender a essa demanda e hoje, Marcos Palmeira compra leite orgânico de outros três produtores da região. “É um laticínio bastante artesanal, mas claro que a gente vai melhorando a tecnologia, vai conseguindo um maquinário mais moderno. A ideia é otimizar esse tempo e baixar o custo. O objetivo é crescer sem perder a qualidade, crescer de uma forma organizada”, diz Marcos Palmeira. Laticínio em fazenda do ator Marcos Palmeira produz queijo minas frescal que já foi premiado Reprodução EPTV Desafios Desde que iniciou a produção orgânica, o Marcos Palmeira teve que enfrentar muitos obstáculos. "Os desafios da produção orgânica, e em especial dos laticínios, incluem a falta de mão de obra qualificada, o alto custo de insumos e certificação, dificuldades de acesso a mercados e de logística de distribuição, e no Brasil a burocracia para certificação", diz. O ator teve que lutar até para manter as aranhas que naturalmente fizeram do curral sua morada. As teias cercam o ambiente, formando uma barreira natural contra outros insetos. "No início, foi uma dureza com a agência sanitária, uma discussão: 'Não pode, tem que limpar'. Eu falei: "Pô, mas me prova, onde é que está a contaminação que tem no meu leite?'. Aí fez a análise, foi e voltou. 'Esquece, fica aí com tuas aranhas, está tudo certo, não tem problema nenhum'. E realmente não tem problema nenhum, é só uma questão de estética que é assim mesmo de gosto, porque para mim esteticamente acho lindo ele assim, até acho mais bonito do que ele todo limpinho", afirmou o ator. As análises comprovam que a presença das aranhas não interfere na qualidade do leite. A mais atual mostrou um índice de 6 mil bactérias, sendo que o parâmetro permitido é a presença de até 100 mil. "No primeiro momento, a gente até discutia muito sobre essa questão, hoje, é só mostrar a análise. Não precisa ficar tentando explicar muito, o que vale é a qualidade do leite", afirma Ferreira. Futuro sustentável Queijos produzidos em fazenda de Marcos Palmeira são feitos com leite de vacas criadas soltas e que se alimentam de pasto Reprodução EPTV Quando Marcos Palmeira chegou na fazenda, há 28 anos, o lugar era uma grande erosão, com terra degradada e poucas árvores. Aos poucos, o trabalho realizado pelo ator tem transformado a região. “Eu olhei para esse vale e me deu uma tranquilidade”, contou. "Você tem essa profundidade toda e aquela vista que é linda. O sonho da gente no futuro é que vão ter tantas árvores aqui, a gente vai entrar com isso." Na fazenda há duas RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural, que são locais onde o proprietário assume o compromisso com a conservação da natureza. Mas o ator quer ampliar ainda mais as áreas verdes e trabalhar no sistema de agrofloresta. "A gente já tem um pouco de árvores no meio do pasto, mas ainda falta sombra. O trabalho é longo. [Daqui a 10 anos] acho que a gente vai encontrar aqui muito mais floresta, um gado muito mais adaptado, vivendo com mais conforto térmico de árvores, a gente tendo um leque maior de produtos, as pessoas gerando a sua própria renda aqui dentro também", afirma. Todo esse trabalho é feito porque Marcos Palmeira escolheu a fazenda Vale das Palmeiras como seu projeto de vida de preservação ambiental e alimentação saudável. "Esse é meu grande sonho, que isso aqui seja um núcleo de uma ideia humanista. Onde o ser humano está inserido, a vaca, o cachorro, o lobo-guará, o tatu, a onça, a jaguatirica, todos dentro desse mesmo universo, dentro desse mesmo ecossistema, vivendo em harmonia total." Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas